A experiência com Deus arrasta-nos. É como um imã que, continuamente nos atrai. Também modifica-nos. Transforma o interior. Nem mesmo nós sabemos bem como é... A religião é um meio, mas não explica. Ela não consegue traduzir a dimensão desse encontro e do seu alcance. Alguns gestos e sinais encontrados na religião servem como canais, são signos que expressam, em parte, a nossa vivência da fé. O fato é que já procurei mas não achei palavra que expressasse esta experiência... O máximo que consigo usar são: Paz e Presença. Tudo o mais fica guardado, só é possível sentir e saber que lá está. Pela primeira vez, entendio significado da comparação ao Tesouro. É como um tesouro mesmo: rico, fonte de alegria e bem estar, mas que fica escondido dentro de nós, inacessível aos outros. Trata-se de uma riqueza que não se transfere para outrem. É inalienável! Fato é que podemos partilhar e convidar o outro a experenciar o encontro com Deus (afinal outros também testemunharam para nós), mas repito, é ua vivência exclusivamente pessoal. Contudo, é importante que se diga que viver um encontro com o Senhor não se atém ao sentimento. As sensações existem: paz, serenidade, força, alegria - não a esfuziante, barulhenta, mas a alegria confiante e duradoura. Mas não se limita a isso. Como disse no início, funciona como um imã que nos atrai. Até pelo bem nos faz, queremos mais. E para obtermos mais, nos abrimos à transformação. Penso mesmo que dado o "encontro", Um age no outro. Buscamos mais um pouco e porque queremos, experimentamos e Deus, que está em nós, age, move-nos, impulsionando-nos. E também porque queremos ser obedientes e receber mais, aceitamos Sua condiçao de perdoar e amar. Mas indiscutivelmente, esse processo só acontece porque Deus está agindo em nós. Ele é a inspiração, porque n'Ele está o Espírito. Experimentar Deus, buscar a comunhão com Ele, modifica nossa vida, modifica nosso olhar e, consequentemente nossas ações. Agora, compreendo um pouco mais a sede que é saciada, mas não se acaba.
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